quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Papai Noel is faster than you

  

  O cartão de Natal da simpatissíssima Red Bull é impagável. Eles podem, afinal, ganharam de maneira limpa e ética.
  Será que a Ferrari gostou? E Felipe Massa? Alonso ficou bem de barba branca?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Bia é melhor que a Danica

  

   Para quem pensou que 2010 foi um ano triste e chato para o automobilismo brasileiro não contava com a grande alegria que Bia Figueiredo causou nessa manhã de domingo.
   Há muito tempo não se via uma vitória com tanta garra e entusiasmo como foi a de Bia no desafio das estrelas de kart, em Floripa. A comemoração levantou a arquibancada e essa vitória pode ter contribuído para tornar seu nome ainda mais conhecido no nosso cenário de corridas.
   Tudo bem que era uma corrida de karts. Uma festa de fim-de-ano dos pilotos nacionais, que teve em Jaime Alguersuari a única presença estrangeira. Mas ninguém gosta de perder e não houve moleza na pista.
   Na entrevista para o repórter da Globo, ela reforçou aquilo que todos que a acompanham sabem: Não quer ter destaque por ser mulher, mas sim pelo talento e resultados.
   Já na etapa desse ano da Indy em São Paulo, Bia se destacou no rebolo das posições intermediárias, deixando para trás muitos pilotos experientes. Na última corrida da temporada, em Homestead, ela largou em 15º, mas teve problemas com o carro e terminou em 26º.
   Uma temporada completa na Indy fará com que o reconhecimento finalmente venha.
  
   P.S. O campeão do desafio de kart foi Lucas di Grassi, em um critério estranho de desempate, já que ele teve uma vitória e um 24º lugar, contra uma vitória e um 11º lugar da Bia. Mas nesse caso, valeu pela sua vitória ter sido na bateria de sábado.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Reliant - O incrível carro com três rodas



  

   Quando eu era recém-chegado na Inglaterra, ainda deslumbrado com tanto Jaguar, Rolls-Royce, Lambo e Mini rodando pelas ruas, teve um carro que me surpreendeu. Na primeira vez que o vi, ele passou rápido demais e pensei ter enxergado mal. Dias depois surgiu mais um e pude ver que realmente minha vista não falhou e a máquina só tinha três rodas. Era o Reliant.

   Na parte central de Londres é difícil de encontrar algum mas, quando se afasta para o interior, essa espécime pode ser facilmente avistada, geralmente trabalhando duro no transporte de mercadorias ou ferramentas.

   O Primeiro Reliant Regal surgiu no final de 1952 e foi fabricado até 1973, quando deu lugar ao Reliant Robin, com motor de 750 cm3, que fazia 25 km/litro e chegava até 135 km/h. Nada mal para os anos da crise de petróleo. O Robin foi fabricado até 2001.

   Outro segredo do sucesso era o fato de se poder dirigir um Reliant com carteira para motocicletas. Alguém sabe se há algum desse no Brasil?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A trindade: Senna + Lotus + Renault

  

   Com a notícia que a Renault teve parte dos seus direitos comprados pela Proton e terá seu nome alterado para Lotus Renault, muitas especulações surgiram a respeito da próxima temporada. Uma delas seria a presença de Bruno Senna no cockpit na nova equipe, revivendo um belo trio dos anos 80.

   Ayton Senna pilotou para Lotus Renault em 1985 e 1986, após ter se destacado na Toleman. Foi no carro preto e dourado que conseguiu sua primeira vitória, no aguaceiro de Estoril. No total foram 4 vitórias pela Lotus com motor Renault. Mais duas viriam em 1987, só que nesse ano o propulsor era Honda e a pintura amarela.

   Ainda não há nada concreto sobre o acerto de Bruno, mas é bom relembrar essa trindade.

Intrigas na família Lotus

  

   Duas equipes completamente diferentes brigam para ter o nome Lotus estampado na sua carenagem em 2011. A Renault passa a se chamar Lotus Renault, em claro conflito com a Team Lotus, que correu esse ano com Kovaleinnen e Trulli.

   Explicando em miúdos, a não ser que alguém mude de idéia, teremos duas Lotus no grid. A Renault teve parte dos seus direitos comprados pela Proton, que detém a marca da Lotus Cars, e já incorporou o nome. A Lotus, que pertence à Tony Fernandes e correu em 2010, possui os direitos da Team Lotus, departamento de corridas da antiga equipe de Colin Chapman.

   O pior é que o novo time já divulgou que correrá com a clássica pintura preta e dourada, a mesma idéia que já havia sido divulgada por Fernandes para sua equipe. A briga promete ir aos tribunais.

   Quam ganha com isso é Bruno Senna, que estava cogitado para correr na Lotus e agora tem duas opções para dar certo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Peças em jogo

  

   Os dois pilotos brasileiros que correram nas equipe nanicas em 2010 têm seus lugares ameaçados para o ano que vem. Bruno Senna e Lucas di Grassi ainda não se garantiram para a próxima temporada e as vagas disponíveis podem escapar.

   A situação mais difícil é do Di Grassi. A Virgin já acertou a permanência de Timo Glock e a outra vaga está praticamente fechada com o belga Jerome D'Ambrosio. O próprio Lucas já declarou que é muito difícil conseguir patrocínios de empresas brasileiras, pois disputa o mesmo perfil com Bruno Senna, que tem mais nome e exposição.

   Senna estaria quase certo com a Lotus, mas a relação da FIA para 2011 coloca Kovalainnen e Trulli nos cockpits malaios. Essa lista divulgada pode ser facilmente alterada até o início da temporada, mas aqueles que davam Bruno 100% acertado com a Lotus já não têm a mesma absoluta certeza.

    Ainda restam vagas na Force India, Hispania e Renault. Assim como temos bons pilotos ainda disponíveis, caso de Heidefeld, Sutil, De la Rosa e Petrov, além dos endinheirados que podem comprar seus lugares no grid. As peças estão aí, é só distribuir pelo tabuleiro.

sábado, 27 de novembro de 2010

Dói só de olhar

  As cenas são fortes, eu sei. Nunca faz bem ver um clássico agonizando. Olhem só a bela pancada que Cleber Faria deu na sua Lamborghini Gallardo. Foi durante o treino classificatório para a GT Brasil, em Interlagos.

   O acidente foi na curva do sol e o piloto não sofreu nenhuma avaria. Já a Lambo saiu bem machucada e necessita de cuidados médicos.

   Se beber, não dirija. As fotos são de Fernanda Freixosa



  

Massa tem culpa, mas nem tanto

  
   Stefano Domenicalli, o gênio das estratégias fracassadas, deu um aperto em Felipe Massa. Declarou que o brasileiro tem que mostrar resultados em 2011, ou não terá mais lugar para ele na Ferrari.

   Realmente o desempenho de Felipe foi decepcionante. Teve bons resultados no início da temporada, chegando a assumir a liderança do campeonato, mas uma série de acontecimentos influíram em uma queda abrupta de rendimento.

   Reconhecidamente, a resistência psicológica de Massa não é das melhores. O caso da ultrapassagem de Alonso na entrada dos boxes no GP da China marcou, não coincidentemente, o início da sua derrocada. A partir daquele momento, Felipe percebeu com quem que estava a preferência da equipe.

   No GP do Canadá, que poderia devolvê-lo à disputa do campeonato, Felipe envolveu-se em um estranho acidente com Liuzzi na largada, onde parecia querer empurrar com raiva a Force India do italiano. A partir daí, sua péssima soma de pontos culminou na ordem de equipe para que Alonso o passasse no GP da Alemanha.

   Já se comportando como carta fora do baralho, Felipe teve desempenhos medíocres nas últimas corridas e acabou sendo escolhido como um dos motivos que levaram Alonso a perder o título. Realmente, não se percebeu nenhum tesão de Massa em ajudar o espanhol a ganhar o caneco.

   O problema é que Domenicalli não convence como chefe de uma equipe do porte da Ferrari e, sofrendo profundas críticas por parte da torcida e de Montezemollo, acabou achando um cristo chamado Felipe Massa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A saga Barrichello

  

   A Williams confirmou que Rubens Barrichello continuará na equipe em 2011. A escolha é justa e lógica, por tudo que o brasileiro apresentou durante este ano, tanto no desenvolvimento do carro, como com bons resultados em algumas corridas.
  
   Rubens é o recordista absoluto em números de GP's, com 304 disputados. Estreou em Kyalami (África do Sul), na Jordan, em 1993 e não parou mais. Cravou sua primeira pole no ano seguinte, no circuito de Spa. Também em 1994 veio o primeiro podium, no GP do Pacífico, com sua vergonhosa sambadinha.

   Em 1994 Rubinho sobreviveu ao fatídico final de semana em Ímola. No treino de sexta-feira sua Jordan decolou em uma zebra atingindo a grade de proteção a mais de um metro de altura. No sábado morreria Ratzemberger e no domingo ocorreu o fatídico acidente com seu ídolo, Ayrton Senna.

   A primeira vitória de Barrichello veio somente em 2000, em Hockenheim, na mesma Ferrari que o faria passar seis anos na sombra de Schumacher, mas que lhe deu dois vice-campeonatos. Em 2009 todos lhe davam por aposentado, pois não haveria mais lugar para ele na Honda. Mas a montadora japonesa saiu da Formula-1 e Ross Brawn assumiu o espólio, criando a Brawn GP.  Na nova escuderia, Rubens teve o melhor desempenho de sua carreira, alcançando seu terceiro vice-campeonato. Dessa vez como protagonista de belas disputas com seu companheiro Jenson Button.

   Nessa temporada de 2010, Rubens marcou 47 pontos e o seu companheiro de equipe, Nico Hulkemberg, somente 22. O seu trabalho no desenvolvimento do Williams foi altamente reconhecido pela equipe e será ainda mais importante para 2011, pois o brasileiro participou de todo o projeto do novo carro.

   Não podemos esperar uma disputa ao título devido ao fraco motor Cosworth, mas continuaremos tendo o recordista Rubens, cria de Interlagos, bem representando nosso país.

  
  
  

domingo, 14 de novembro de 2010

Vettel, o paladino da justiça

 

  Sebastian Vettel levou o título e a esportividade teve seu triunfo. Ganharam a Red Bull e milhões de torcedores; sem jogo de equipe, sem marmelada e sem mensagens de rádio mal-disfarçadas. Hoje vou tomar um energético, em homenagem a Dieter Masteschitz, o dono da equipe que proibiu manobras de bastidores no seu time.

   O título foi decidido na primeira volta, lá no rebolo do grid, quando Schumacher rodou e foi atingido em cheio por Liuzzi. Com o safety-car na pista, os líderes permaneceram impolutos, mas quem não tinha nada a perder foi arriscar a sorte parando nos boxes. Após a parada dos líderes, Rosberg e Petrov permaneceram à frente de Alonso, que não conseguiu passar ninguém, terminando em sétimo e dando adeus ao tri.

   Além de Vettel, um outro alemão teve participação no fracasso de Alonso. Hermann Tilke desenhou um circuito horrível, onde não há possibilidade de ultrapassagens. Alonso ficou 35 voltas atrás de Petrov, assim como Massa atrás de Alguersuari.

   Depois da corrida, Fernando Alonso perdeu o resto de compostura e falou todos os palavrões que conhecia para Petrov. O russo, que nada fez além de defender sua posição, deve devolver essas ofensas enviando a KGB para a Espanha nos próximos meses.

   Parabéns a Vettel e a Red Bull, que teve seu nome completo pronunciado por Galvão Bueno.

sábado, 13 de novembro de 2010

Tudo conspira a favor de Alonso

   Finalizado o treino e decidido o grid de largada para o GP dos Emirados Árabes, podemos dizer que Mark Webber pode estar dando adeus ao título. Os sorrisos floresceram no deserto, mas no box vermelho da Ferrari.

   Vettel, o rei das poles, larga em primeiro, com Hamilton em segundo e Alonso em terceiro. Webber será somente o quinto, atrás de Button. Terminando assim, o título é de Alonso.

   O circuito de Yas Marina é daqueles chatinhos, com poucas ultrapassagens, e a péssima posição de largada pode ter acabado com o campeonato do australiano. Alonso pode até terminar em quarto se Webber não vencer. Para Vettel ser campeão, precisa vencer e o espanhol não chegar entre os quatro primeiros.

   E pensar que ninguém botou fé quando Alonso disse que ganharia o título.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A escolha

   Realmente difícil escolher para quem torcer nessa corrida que definirá o campeonato. Para os brasileiros o grande vilão será Fernando Alonso, em virtude da ultrapassagem de marmelo feita sobre Massa em Hockenheim. Mas, para Webber levar a taça, pode precisar da similar ajuda de Vettel, e isso colocaria o australiano e o espanhol dentro do mesmo saco de gatos.

   Minha torcida seria para Lewis Hamilton, mas para ele ser campeão é preciso que aconteça uma sequencia de tragédias no deserto. O caneco não ficará com Lewis das Arábias.

   O jeito é fazer figa para o motor Ferrari fumegar e Webber fazer naturalmente os pontos necessários, aí sim, teremos um campeão fora de suspeitas.

Lewis das Arábias

   Duas novidades abalaram o Oriente Médio nesta sexta-feira: Choveu em Abu Dhabi e Lewis Hamilton cravou o melhor tempo nos treinos livres.

   A chuva é um caso raro, mas em virtude da sua própria escasez, tornou ainda mais improvável que caia uma gota novamente nos Emirados durante muitos milênios.

   Já o raio de Sol que brilhou em Hamilton pode perdurar por todo final de semana. Isso implica em mais um ingrediente na complicada previsão que virou essa última corrida do campeonato. A aparição da McLaren pode prejudicar igualmente a colheita de Webber ou Alonso.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dor de cotovelo

  



 Mark Webber andou externando sua dor-de-cotovelo e criou um climão dentro da equipe Red Bull. O australiano só disse aquilo que todos sabem há muito tempo: Não é ele o piloto preferido dentro do próprio time.

   Ex-pilotos e jornalistas de todo mundo comentaram que a equipe austríaca já deveria ter se posicionado a favor de Webber, em prol da conquista do título. Vettel deveria ser um escudeiro, e não um adversário. Faltando apenas duas corridas para o término da temorada, e tendo perdido a liderança do campeonato para Alonso, está mais do que na hora da Red Bull dar mais atenção ao piloto que está mais próximo do líder.

   O chefão Horner negou tudo, como esperado, mas o mundo todo sabe quem é a sua menina dos olhos. O asturiano agradece.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Simply the best

 

   O mestre Emerson Fittipaldi teve uma belíssima homenagem no dia de Finados. O Rato pôde pilotar a Lotus 72 preta pela marginal Pinheiros e Ponte Estaiada, em evento que brindou os espectadores com uma das cenas mais emocionantes de um ano árido para os brasileiros fãs do automobilismo.

  Emerson não teve pena da máquina, pois acelerou a cerca de 280 km/h pelas ruas paulistanas. O chassi é o mesmo que foi pilotado por Fittipaldi entre 1970 e 73 e que deu o primeiro de tantos títulos brasileiros na F1.

   Vai ter repeteco no domingo em Interlagos, para deleite de quem estiver lá. Se inveja matasse, eu tava seco.

sábado, 30 de outubro de 2010

A procura pela Virgin perdida

   

    Ao contrário do compatriota Bruno Senna, que parece ter acertado sua permanência na F1 para 2011, Lucas Di Grassi tem sua vaga na Virgin muito ameaçada pelo belga Jérome D'Ambrosio.
   
    A Bélgica está bem próxima de voltar a ter um piloto titular. O último foi Thierry Boutsen, que venceu três dos 163 disputados entre 1983 e 1993. A triste coincidência é que Boutsen estreou na F1 justamente substituindo outro brasileiro, Chico Serra, na Arrows.

   Di Grassi teve bons momentos esse ano, chegando à frente de seu companheiro Timo Glock em sete corridas, principalmente devido às suas excelentes largadas. Nada oficial foi divulgado ainda, mas o problema é que, tratando-se de equipes nanicas, o patrocínio fala mais alto.

Lotus e Senna, casal perfeito

  

   É provável que o nome Senna volte a estampar a carenagem de mais um carro da equipe Lotus. A ex-equipe de Ayrton Senna está flertando com o sobrinho Bruno, e a famosa união pode ser ressucitada em 2011.

   Esse casamento trás belas lembranças aos brasileiros. Além de Senna, Piquet e Emerson já correram pela equipe. Só que, essa Lotus de hoje não tem nada a ver com o glorioso time inglês de outrora. Trata-se de uma equipe da Malásia, que negociou os direitos de marca do finado time de Colin Chapman. Por outro lado, sabemos que o atual noivo Senna não carrega consigo os dotes de tio. Digamos que seja um casal perfeito.

   Jarno Trulli, que esquentou sem sucesso o banco da Lotus esse ano, deve ser o marido traído da história. A aposentadoria de Trulli parece ser iminente, e não fará falta alguma.

domingo, 24 de outubro de 2010

Virada espanhola

   Após o pedido de desculpas de Schumacher não poderíamos esperar nada além que muita chuva na Coréia. Foi uma chuva de lavar a alma espanhola de Alonso e fazer florescer a esperança italiana da Ferrari. Fernando Alonso virou o jogo e pode ser campeão já em Interlagos.

  Como tudo tem sua compensação, a tempestade coreana fez entrar águas nas latinhas de energético da Red Bull. O ex-favorito Webber rodou sozinho e o motor de Vettel fez fumaça em Yeongam. Nenhum dos dois marcou pontos e agora Alonso tem 11 pontos de vantagem sobre o australiano. Vettel praticamente deu adeus ao título.

   Massa chegou em terceiro e Schumacher, com bela corrida, em quarto. Bruno Senna conseguiu a melhor posição na temporada, terminando em 14º.

sábado, 23 de outubro de 2010

O grid e as desculpas

  

   Sebastian Vettel cravou a primeira pole-position do circuito de Yeongam. Seria uma excelente vantagem se o histórico de largadas de Vettel nesse ano não fosse catastrófico. Em segundo, no lado sujo da pista, larga Webber, seguido por Alonso. Os três primeiros colocados na tabela do campeonato encabeçam o grid, mas Alonso tem tudo para engolir a dupla da Red Bull antes da primeira curva.

   Felipe Massa larga em sexto, também no lado sujo, com um tempo sete décimos de segundo pior que Alonso. Se o espanhol depender da ajuda de Massa para conquistar o título, estará perdido.

   Rubinho larga em décimo, logo atrás de Schumacher, que bloqueou a passagem do brasileiro durante o Q3 e levou uma advertência dos fiscais. A novidade é que Schumacher veio pedir desculpas a Rubens logo após o ocorrido. Levando em conta a empáfia do alemão e pelo ineditismo do ato, é bem capaz de chover amanhã na Coréia.
  

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Korean dreams of madrugada - II

  

   Na foto acima estão os cinco candidatos a campeão desse ano. Só tem craque. Button, Hamilton e Alonso já somam quatro títulos, mas a taça de 2011 não deve ficar com nenhum deles. A dupla da Red Bull se engalfinhará nessas três corridas que faltam e Webber leva vantagem nos pontos e na experiência.

  Interessante é a postura da Red Bull, que passou o ano vendo seus pilotos se bicarem e nunca meteu o bedelho, nem deu ordens mal disfarçadas pelo rádio. Vettel sempre foi o preferido, mas seus próprios erros fizeram Webber crescer. Agora ficou difícil de segurar o australiano.

   Nos primeiros treinos livres do circuito coreano vimos o esperado: Asfalto liso, muita poeira na pista, domínio das Red Bull e Felipe Massa reclamando de tudo. As duas grandes retas de Yeongam favorecem a Ferrari e Mclaren, mas a RBR compensou a diferença nas curvas da parte mista. Mark Webber fez o melhor tempo e deu mais um grande passo para seu primeiro título.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Korean dreams of madrugada

  

   O novíssimo circuito de Yeongam será inaugurado em grande estilo. Mesmo estando com obras por terminar, e não tendo sido testado anteriormente, sediará uma etapa decisiva para o campeonato de 2010.

   O traçado coreano tem grandes retas, favorecendo Ferrari e McLaren, mas também tem uma parte mista interessante, do jeito que Red Bull e Renault gostam. O asfalto é novo em folha e estará liso que nem quiabo. Os ingredientes são de uma corrida animada, com muitas escapadas e surpresas à vista. Será uma madrugada divertida.

O joio e o trigo

   A melhor maneira de comparar dois pilotos é dando o mesmo equipamento para ambos e medir seus desempenhos. Apesar de haver diferenças entre estilos de pilotagem e adaptação ao carro, é de se esperar que hajam resultados similares entre companheiros de equipe.

   Essa semana surgiram boatos sobre troca de pilotos na Williams para 2011. Sai Hulkemberg e entra o venezuelano Maldonado. Alguns trovejaram que a pontuação dele é bem inferior à de Barrichello, mas deve-se levar em consideração que é seu primeiro ano na F1 e o brasileiro tem mais de 300 GPs na carreira. No caso da Williams essa mudança, se é que acontecerá mesmo, terá motivo financeiro, já que Maldonado traz os petrodólares-bolivarianos da PDVSA.

   Faltando apenas 3 corridas para o final da temporada, podemos fazer uma comparação entre pilotos da mesma equipe:

   Hispania - Na segunda metade do campeonato o companheiro de Bruno Senna foi Yamamoto, mas esse não conta, pois só está correndo pelo dinheiro. Um bom comparativo para Bruno é seu desempenho quando corria tendo Chandok como parceiro.
   Nos treinos Senna foi bem melhor que Chandok, pois largou sete vezes na frente, contra duas do indiano. Durante as corridas Chandok deu o troco e terminou sete na frente de Bruno. Podemos dizer que um é mais rápido e o outro mais consistente.

  Treinos:
  Senna 7 x 2 Chandok
  Corridas:
  Senna 2 x 7 Chandok

  Virgin - Timo Glock fez valer sua experiência nos treinos, dando uma goleada sobre Di Grassi. Já nas corridas as coisas se equiparam. Por ser o ano de estréia de Lucas, era de se esperar um domínio maior do alemão, mas Di Grassi peitou o cara, principalmente por causa de ótimas largadas.

  Treinos:
  Glock 13 x 3 Di Grassi
  Corridas:
  Glock 9 x 7 Di Grassi

   Lotus - Jarno Trulli é um aposentado que vem engando os patrões há 3 temporadas. Os últimos resultados na Toyota foram medíocres, mas ele conseguiu uma vaguinha na Lotus e continua ganhando seu dinheirinho. Pelo comparativo com Kovalainen, já devia ter pendurado a sapatilha. E olha que o finlandês não é lá grande coisa. Um sangue novo viria bem para 2011, mas parece que a dupla continuará empregada.
  
  Treinos:
  Kovalainen 8 x 8 Trulli
  Corridas:
  Kovalainen 11 x 5 Trulli
  
   Toro Rosso - A filial da Red Bull não mostrou nenhuma qualidade nesse ano, muito menos seus pilotos. Alguersuari e Buemi são farinha do mesmo saco. A matriz já mostrou interesse em vender sua equipe menor. Aos interessados, os pilotos vão de graça.

   Pontos:
   Buemi 8 x 3 Alguersuari

   Sauber - Enquanto correram juntos, Kobayashi fez 21 pontos, contra somente 6 de Pedro de la Rosa. O espanhol, com 500 anos de Formula 1, levou um banho do kamikase e pegou o boné após o GP da Itália. Para 2011 teremos o mexicano Perez estreando na Sauber e Kobayashi será o primeiro piloto. Uma grande e merecida ascenção social do japonês.

   Pontos:
   Kobayashi 21 x 6 De la Rosa

   Force India - Vitantonio Liuzzi foi chamado para substitui Fisichella em 2009 e esquentou o cockpit indiano durante esse ano. Levou uma surra de Adrian Sutil, esse sim, um ótimo piloto. A equipe ainda não confirmou a dupla para 2011, mas não há grandes movimentações para os lados do Ganges. Sutil merece uma equipe maior e Liuzzi um descanso bem longo.
  
   Pontos:
   Sutil 47 x 13 Liuzzi    

   Renault - A maior diferença entre primeiros e segundos pilotos acontece na Renault. Kubica foi soberano sobre Petrov. O russo teve poucos lampejos durante a temporada, mas os petrorublos deverão garantir seu lugar para 2011.

   Pontos:
   Kubica 114 x 19 Petrov

   Williams - No seu ano de debut, Nico Hulkemberg teve o azar de pegar um Rubinho inspirado. O campeão da GP2 começou dizendo que lutaria para ser primeiro piloto, mas os resultados ficaram bem abaixo do planejado. Pode perder sua vaga para alguém mais endinheirado.

   Pontos:
   Barrichello 41 x 17 Hulkemberg

   Mercedes -  No começo do ano Ross Brawn disse que Rosberg teria obrigação de ser mais rápido que Schumacher. Pois bem, Nico cumpriu com folgas sua obrigação. Schumacher jogou a culpa no projeto do carro e nos pneus, rezando por dias melhores.

   Pontos:
   Rosberg 122 x 54 Schumacher

   Ferrari - Entre as três grandes, é a que tem a maior diferença de pontos entre seus pilotos. Alonso adaptou-se muito rapidamente à Ferrari. Para Massa, só resta ser escudeiro do espanhol e torcer para 2011 chegar logo.
  
   Pontos:
   Alonso 206 x 128 Massa

   McLaren - Os ingleses são os últimos campeões do mundo e tiveram belo desempenho nas primeiras corridas. A partir da segunda metade do campeonato caiu o rendimento de Button e Hamilton cometeu erros consecutivos. São craques, quase empatados nos pontos.
  
   Pontos:
   Button 189 x 192 Hamilton

   Red Bull - Toda atenção da equipe sempre foi para Sebastian Vettel, o golden-boy dos energéticos. O que ninguém esperava é que Mark Webber tivesse seu canto do cisne justamente nessa temporada. Vettel falhou grotescamente em algumas corridas e Webber foi comendo pelas beiradas. O alemão será campeão do mundo sim, mas não nesse ano.
  
   Pontos:
   Webber 220 x 206 Vettel

domingo, 10 de outubro de 2010

Fase negra de Massa



  A fase negra de Felipe Massa pode ser comparada à de Val Baiano. O problema é que o centroavante do Flamengo começou a fazer seus golzinhos e Massa terá que esperar o debut do GP da Coréia do Sul para tentar sair da uruca. Até lá, banho de sal grosso e sete ervas.

   Em Singapura, Felipe teve problemas na qualificação e o câmbio aguentou poucas voltas da corrida. No Japão não conseguiu passar do Q2, largou em 12º e bateu na primeira curva. Entre as duas corridas, a revista Sport Bild inventou uma entrevista polêmica que fez o brasileiro sair dando explicações. Uma fase negra.

   O acidente em Suzuka foi fruto da pressão sobre Felipe. A manobra foi afobada, típica de quem quer  resolver a situação já na primeira curva, e poderia ter sido grave se acertasse a Mercedes de Rosberg. Faltam quatro corridas para encerrar o campeonato, entre elas no Brasil, em 07/11. Interlagos poderá o lugar de redenção do brasileiro.

Suzuka da madrugada

  

   Acordar na madrugada para assistir ao GP do Japão não foi muito recompensador aos notívagos do esporte. Tivemos poucos momentos de emoção e uma corrida chata, tirando a largada e o showzinho de Kobayashi no final.

   No início vimos Petrov tocando em Hulkenberg e Massa atropelando Liuzzi. Os quatro pilotos ficaram fora da corrida. Felipe está em uma fase negra. Na primeira curva, colocou o pneu na grama e cruzou a pista, acertando o pobre Liuzzi. Safety-car na pista e, surpresa, cai sozinha a roda de Kubica, que estava em segundo lugar. Parece um Chevette 75 que eu tinha.

   Na frente ficaram Vettel, Webber, Alonso, Hamilton e Button. E assim seguiu o baile até as últimas dez voltas. Mudanças, só de Hamilton, que teve a terceira marcha perdida e foi ultrapassado por Button.

   No final Kobayashi colocou pneus moles novos e começou a ignorar quem estava à sua frente, fazendo o nome para a torcida local. Alguersuari, Barrichello e Heidfeld foram as vítimas. Sou fã do japinha.

   Pensando no campeonato, a dupla da Red Bull e Alonso distanciaram-se de Hamilton e Button. Ficou difícil para a McLaren. Webber aumentou de 11 para 14 pontos a vantagem para a segunda colocação, dividida entre Vettel e Alonso, mas em um campeonato onde uma vitória dá 25 pontos podemos dizer que a disputa ao título está bem aberta.

Resultado GP do Japão - 2010

Sebastian VettelRed Bull1h30min27s323
Mark WebberRed Bulla 0s905
Fernando AlonsoFerraria 2s721
Jenson ButtonMcLarena 13s522
Lewis HamiltonMcLarena 39s595
Michael SchumacherMercedesa 59s933
Kamui KobayashiSaubera 1min04s038
Nick HeidfeldSaubera 1min09s648
Rubens BarrichelloWilliamsa 1min10s846
10ºSébastien BuemiToro Rossoa 1min12s806
11ºJaime AlguersuariToro Rossoa 1 volta
12ºHeikki KovalainenLotusa 1 volta
13ºJarno TrulliLotusa 2 voltas
14ºTimo GlockVirgina 2 voltas
15ºBruno SennaHispaniaa 2 voltas
16ºSakon YamamotoHispaniaa 3 voltas
17ºNico RosbergMercedesa 6 voltas
18ºAdrian SutilForce IndiaNão terminou
19ºRobert KubicaRenaultNão terminou
20ºNico HulkenbergWilliamsNão terminou
21ºFelipe MassaFerrariNão terminou
22ºVitaly PetrovRenaultNão terminou
23ºVitantonio LiuzziForce IndiaNão terminou
24ºLucas di GrassiVirginNão terminou


 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Brechó Racing - Veado desgovernado

   Em Zeltweg, durante o treino classificatório para o GP da Áustria de 1987, o sueco Stefan Johansson simplesmente encontrou à frente da sua McLaren um veado desgovernado.
   Repare que o estrago nas rodas do carro foi grande, mas no pobre cervídeo foi pior.
   Acidente semelhante sofreu Cristiano da Matta na F-Indy, mas muito mais grave, já que o animal atingiu seu capacete, causando sérios traumas.



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O pneu é o bode

  

   Dois pilotos estão aguardando ansiosamente o final dessa temporada para poderem sentir o potencial dos compostos Pirelli que abastecerão a Formula 1 em 2011: Felipe Massa e Michael Schumacher. Especialmente essa dupla vem colocando a culpa do baixo desempenho nos pneus.

   Massa, e até mesmo o presidente da Ferrari, declararam que a dificuldade no aquecimento dos pneus Bridgestone é a culpada pela campanha fraca do brasileiro. Já Schumacher divide a culpa entre os pneus e o projeto da Mercedes, que não estaria encaixando no seu estilo de pilotagem.

   Escolhidos os bodes expiatórios, resta a eles torcer para que a borracha dos Pirelli seja abençoada e que as coisas mudem muito no ano que vem. Mas se não mudarem, sempre haverão outros bodes para colocar a culpa, como o volante, o capacete ou um certo espanhol bom de braço.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Segundo piloto, nada mais

 

    Felipe Massa afirmou em entrevista para a revista alemã Sports Bild que não é segundo piloto da Ferrari. Ele poderia não ser segundo piloto no início do campeonato, mas seguramente está nessa posição depois do GP da Alemanha, em que recebeu ordens para deixar Alonso passar.
   Quem tornou Massa segundo piloto foi ele mesmo, com atuações ruins no início da temporada, como na China, onde deixou Alonso ultrapassá-lo na entrada dos boxes. E assim será no ano que vem. O piloto que se destacar na primeira metade do calendário terá as atenções da equipe.

   A pressão psicológica afetou seu desempenho mais do que o de Alonso, bicampeão mundial, acostumado com as cobranças e bastidores da Formula 1. Esperava-se que espanhol demorasse esse seu primeiro ano na Ferrari para ambientar-se à nova equipe e ao carro, mas esse processo foi muito rápido e Massa teve mais frustrações em seu caminho. O papel do brasileiro nas corridas que faltam será o de proteger Alonso e tirar pontos dos adversários ao título, nada mais.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Assando a Batatinha

  

   A FIA divulgou o calendário provisório de corridas para 2011. A grande novidade será o GP da Índia, em 30 de outubro. Interlagos terá a última prova, em 27 de novembro. Pela primeira vez teremos 20 corridas, o que torna o calendário bem apertado.
   Bernie Eclestone afirmou que esse será o número máximo de corridas por ano. Os brasileiros devem ficar com a pulga atrás da orelha, pois Interlagos vem sendo duramente criticada ultimamente e, se Bernie cumprir a promessa, um circuito terá de sair para dar espaço à pista de Austin (EUA) em 2012.
   Para dar espaço às pistas novas e modorrentas os circuitos clássicos estão sendo sacados fora. Já perdemos Ímola, Estoril, Jerez, Zeltweg, Brands Hatch, Buenos Aires e Kyalami. Na França não temos mais corridas. É bom abrir os olhos, pois a batatinha paulista está assando.

  1. 13/03 – GP DO BAHREIN – Sakhir
  2. 27/03 – GP DA AUSTRÁLIA – Melbourne
  3. 10/04 – GP DA MALÁSIA – Sepang
  4. 17/04 – GP DA CHINA – Xangai -
  5. 08/05 – GP DA TURQUIA – Istambul
  6. 22/05 – GP DA ESPANHA – Barcelona
  7. 29/05 – GP DE MÔNACO – Monte Carlo
  8. 12/06 – GP DO CANADÁ – Montreal
  9. 26/06 – GP DA EUROPA – Valência
  10. 10/07 – GP DA INGLATERRA – Silverstone
  11. 24/07 – GP DA ALEMANHA – Nürburgring
  12. 31/07 – GP DA HUNGRIA – Hungaroring
  13. 28/08 – GP DA BÉLGICA – Spa-Francorchamps
  14. 11/09 – GP DA ITÁLIA – Monza
  15. 25/09 – GP DE CINGAPURA – Marina Bay
  16. 09/10 – GP DO JAPÃO – Suzuka
  17. 16/10 – GP DA COREIA DO SUL – Yeongam
  18. 30/10 – GP DA ÍNDIA – Greater Noida
  19. 13/11 – GP DE ABU DHABI – Marina de Yas
  20. 27/11 – GP DO BRASIL – Interlagos

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

40 anos de história


Onde: Watkins Glen, GP dos Estados Unidos.
Quando: 4 de outubro de 1970.
Quem: Emerson Fittipaldi.
O que: Primeira vitória brasileira na Formula 1.
Como: Pilotando magistralmente a Lotus #24
Porque: Para iniciar a história brasileira na F1 e garantir o título póstumo ao ex-companheiro Jochen Rindt.

Hoja comemoramos 40 anos da conquista de Emerson, o maior piloto brasileiro de todos os tempos.

Pimenta na Sauber

 

  A Sauber anunciou seu novo piloto para 2011. O mexicano Sergio Perez tem apenas 20 anos e corre discretamente na GP2 desde 2008. Até aí nada de mais no currículo do jovenzinho. O diferencial é que ele trás consigo todo o apoio ($$$) do bilionário presidente da Telmex, Carlos Slim Domit.

   Slim ameaçou entrar forte no circo da F1 quando flertou com o espólio da finada Toyota, mas algo deu errado e os planos foram adiados. Agora chega com um piloto mexicano em uma equipe que está precisando muito de verba, depois que foi abandonada pela BMW.  O Sauber correu durante toda temporada com um carro completamente branco, sem patrocínios.

   Bruno Senna tem ligação com Slim, já que é patrocinado pela Embratel, onde o ricaço também apita. A própria Hispania tinha esperanças em ver a cor desse dinheiro, mas parece que a eleita foi a Sauber mesmo.

  O companheiro de Perez será Kobayashi. O alemão Nick Heidfeld, que tinha deixado o cômodo posto de piloto de testes da Pirelli para sentar no cockpit da Sauber, ficou a ver navios.

domingo, 3 de outubro de 2010

Sob a Sombra do Finlandês

  

   A Renault continua jogando Kimi no ventilador. Os franceses não fazem nenhuma questão de desmentir o boato de que podem contar com Kimi Raikkonen em seu cockpit no ano que vem. O finlandês, que vem destruindo vários carros da Citroen no mundial de rally, ainda não saiu da moita.

   O problema é que esses mesmos franceses não estão mais apitando grosso na Renault, que depende muito dos petrorublos russos (vide Lada). Enfim, não creio em uma transferência de Kubica, nem que trocarão o dinheiro de Petrov pelo altíssimo salário de Kimi.

   Quanto ao boato, nada melhor que a sombra de um campeão do mundo para tentar fazer o Petrov marcar mais pontos no campeonato.

Campeão na Indy

 
 
   Dario Franchitti levou o título da Indy para a Chip Ganassi. No final atropelou Will Power e ergueu o troféu pela terceira vez.

   Queria muito ver a Bia Figueiredo fazendo uma temporada completa em 2011. O melhor brasileiro na Indy em 2010 foi Helio Castro Neves e, pelo andar da carruagem, podemos dizer que ele foi o melhor brazuca no automobilismo mundial em 2010. Farfus Junior teve um bom ano na WTCC, mas meu voto ainda é do Helinho.

Fiel Escudeiro

   A Ferrari oficializou Felipe Massa como segundo piloto para as quatro corridas que faltam até o final do campeonato. A partir de agora o brasileiro trabalhará exclusivamento para fazer Fernando Alonso tricampeão mundial.

   Os dois pilotos começaram a temporada em igualdade de condições e foi justamente um mal início de Felipe que fez a Ferrari focar-se no espanhol. A polêmica troca de posições na Alemanha rendeu para Alonso sete pontos a mais na tabela. Se esses pontos fizerem dele campeão mundial alguém dirá que a equipe estava errada?

   Se Massa tivesse feito mais pontos nas primeiras corridas ele que teria os privilégios da equipe. Como não fez, vamos chupar o dedo e torcer por Alonso, Webber ou Hamilton.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Flor de Formosura

  

   O Lotus-Ford 49 foi escolhido por um site inglês como o carro de Fórmula 1 mais bonito de todos os tempos. Well done Mister Chapman! Concordo com os ingleses. E o mais feio? Qual seria?

Formula 1 Indoor

   O circuito de Cingapura é um dos melhores entre os novos-ricos que invadiram a Formula 1. A pista é travada, mas tem alguns pontos de ultrapassagem e seus muros sempre são bem frequentados durante a corrida.
  
   A pista de Valência é meio parecida mas, por ser mais larga e sempre ocorrer sob sol forte, não proporciona tantos enroscos. Cingapura é estreita e tem o asfalto liso que nem quiabo, muitas vezes úmido. As características da pista e por ser noturna dão a impressão estarmos no estacionamento coberto de algum shopping. Cingapura é nossa pista de formula 1 indoor.

Perfeição Espanhola

   Fernandinho Alonso pode ter cometido alguns erros durante o campeonato, mas sua tocada durante o fim-de-semana foi perfeita, digna de nota 10. Não vimos nenhuma escapada sua no liso asfalto de Cingapura, ao contrário de Vettel e o restante da concorrência.

   No treino de sábado Alonso garantiu a pole em uma volta perfeita e largar em primeiro nesse traçado travado já é mais da metade da vitória garantida. No domingo largou bem e venceu de ponta-a-ponta. Quando Vettel se aproximava ele dava o troco na volta seguinte. A única chance que a Red Bull teria para ultrapassar seria durante o pit-stop, mas o time austríaco resolveu fazer sua parada na mesma volta que a Ferrari. Se Vettel tivesse ficado umas duas voltas a mais na pista poderia voltar à frente. Espero que a Red-Bull me envie suas explicações.

   E o líder do campeonato? Webber largou em quinto e arriscou ir aos pits quando o safety-car entrou na terceira volta. A jogada teve bom resultado e, após todos fazerem suas paradas, o australiano firmou-se em terceiro lugar. Após uma relargada Hamilton tentou passá-lo por fora, os dois tocaram pneus e o inglês saiu da corrida. Esse segundo erro consecutivo pode ter custado a chance de título de Hamilton.

  Corridinha movimentada, com Schumacher jogando para fora da pista quem emparelhasse ao lado, até que encontrou Kobayashi pela frente. O japonês jogou a Mercedes para os pneus e mandou Shumacher para o fim da procissão. Depois o mesmo Koba acertou sozinho o muro e levou uma pancada sem culpa do Bruno Senna. Fim da corrida para os dois.

  Barrichelo largou mal, perdeu duas posições e fez uma corrida burocrática. Beneficiado com o burrada de Hamilton e a troca de pneus de Kubica acabou em sexto.

   As últimas voltas estavam meio monótonas, até que Kubica trocou os pneus e começou a pedalar para cima de quem estivesse na frente. Passou 5 carros e animou o final da festa.

  Felipe Massa largou em último e chegou em oitavo. Vamos considerar que é um grande resultado, apesar de muitas dessas posições terem sido conquistadas por abandonos ou punições. Para quem acha que faltou agressividade na tocada de Felipe devemos lembrar que ele estava com pneus duros desde a segunda volta, enquanto todos à sua frente tinham o composto mole, mais aderente e veloz. Na segunda metade da corrida todos estavam com os duros, mas os dele já estavam muito desgastados. Resultado da estratégia da corrida de recuperação.