sábado, 27 de novembro de 2010

Dói só de olhar

  As cenas são fortes, eu sei. Nunca faz bem ver um clássico agonizando. Olhem só a bela pancada que Cleber Faria deu na sua Lamborghini Gallardo. Foi durante o treino classificatório para a GT Brasil, em Interlagos.

   O acidente foi na curva do sol e o piloto não sofreu nenhuma avaria. Já a Lambo saiu bem machucada e necessita de cuidados médicos.

   Se beber, não dirija. As fotos são de Fernanda Freixosa



  

Massa tem culpa, mas nem tanto

  
   Stefano Domenicalli, o gênio das estratégias fracassadas, deu um aperto em Felipe Massa. Declarou que o brasileiro tem que mostrar resultados em 2011, ou não terá mais lugar para ele na Ferrari.

   Realmente o desempenho de Felipe foi decepcionante. Teve bons resultados no início da temporada, chegando a assumir a liderança do campeonato, mas uma série de acontecimentos influíram em uma queda abrupta de rendimento.

   Reconhecidamente, a resistência psicológica de Massa não é das melhores. O caso da ultrapassagem de Alonso na entrada dos boxes no GP da China marcou, não coincidentemente, o início da sua derrocada. A partir daquele momento, Felipe percebeu com quem que estava a preferência da equipe.

   No GP do Canadá, que poderia devolvê-lo à disputa do campeonato, Felipe envolveu-se em um estranho acidente com Liuzzi na largada, onde parecia querer empurrar com raiva a Force India do italiano. A partir daí, sua péssima soma de pontos culminou na ordem de equipe para que Alonso o passasse no GP da Alemanha.

   Já se comportando como carta fora do baralho, Felipe teve desempenhos medíocres nas últimas corridas e acabou sendo escolhido como um dos motivos que levaram Alonso a perder o título. Realmente, não se percebeu nenhum tesão de Massa em ajudar o espanhol a ganhar o caneco.

   O problema é que Domenicalli não convence como chefe de uma equipe do porte da Ferrari e, sofrendo profundas críticas por parte da torcida e de Montezemollo, acabou achando um cristo chamado Felipe Massa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A saga Barrichello

  

   A Williams confirmou que Rubens Barrichello continuará na equipe em 2011. A escolha é justa e lógica, por tudo que o brasileiro apresentou durante este ano, tanto no desenvolvimento do carro, como com bons resultados em algumas corridas.
  
   Rubens é o recordista absoluto em números de GP's, com 304 disputados. Estreou em Kyalami (África do Sul), na Jordan, em 1993 e não parou mais. Cravou sua primeira pole no ano seguinte, no circuito de Spa. Também em 1994 veio o primeiro podium, no GP do Pacífico, com sua vergonhosa sambadinha.

   Em 1994 Rubinho sobreviveu ao fatídico final de semana em Ímola. No treino de sexta-feira sua Jordan decolou em uma zebra atingindo a grade de proteção a mais de um metro de altura. No sábado morreria Ratzemberger e no domingo ocorreu o fatídico acidente com seu ídolo, Ayrton Senna.

   A primeira vitória de Barrichello veio somente em 2000, em Hockenheim, na mesma Ferrari que o faria passar seis anos na sombra de Schumacher, mas que lhe deu dois vice-campeonatos. Em 2009 todos lhe davam por aposentado, pois não haveria mais lugar para ele na Honda. Mas a montadora japonesa saiu da Formula-1 e Ross Brawn assumiu o espólio, criando a Brawn GP.  Na nova escuderia, Rubens teve o melhor desempenho de sua carreira, alcançando seu terceiro vice-campeonato. Dessa vez como protagonista de belas disputas com seu companheiro Jenson Button.

   Nessa temporada de 2010, Rubens marcou 47 pontos e o seu companheiro de equipe, Nico Hulkemberg, somente 22. O seu trabalho no desenvolvimento do Williams foi altamente reconhecido pela equipe e será ainda mais importante para 2011, pois o brasileiro participou de todo o projeto do novo carro.

   Não podemos esperar uma disputa ao título devido ao fraco motor Cosworth, mas continuaremos tendo o recordista Rubens, cria de Interlagos, bem representando nosso país.

  
  
  

domingo, 14 de novembro de 2010

Vettel, o paladino da justiça

 

  Sebastian Vettel levou o título e a esportividade teve seu triunfo. Ganharam a Red Bull e milhões de torcedores; sem jogo de equipe, sem marmelada e sem mensagens de rádio mal-disfarçadas. Hoje vou tomar um energético, em homenagem a Dieter Masteschitz, o dono da equipe que proibiu manobras de bastidores no seu time.

   O título foi decidido na primeira volta, lá no rebolo do grid, quando Schumacher rodou e foi atingido em cheio por Liuzzi. Com o safety-car na pista, os líderes permaneceram impolutos, mas quem não tinha nada a perder foi arriscar a sorte parando nos boxes. Após a parada dos líderes, Rosberg e Petrov permaneceram à frente de Alonso, que não conseguiu passar ninguém, terminando em sétimo e dando adeus ao tri.

   Além de Vettel, um outro alemão teve participação no fracasso de Alonso. Hermann Tilke desenhou um circuito horrível, onde não há possibilidade de ultrapassagens. Alonso ficou 35 voltas atrás de Petrov, assim como Massa atrás de Alguersuari.

   Depois da corrida, Fernando Alonso perdeu o resto de compostura e falou todos os palavrões que conhecia para Petrov. O russo, que nada fez além de defender sua posição, deve devolver essas ofensas enviando a KGB para a Espanha nos próximos meses.

   Parabéns a Vettel e a Red Bull, que teve seu nome completo pronunciado por Galvão Bueno.

sábado, 13 de novembro de 2010

Tudo conspira a favor de Alonso

   Finalizado o treino e decidido o grid de largada para o GP dos Emirados Árabes, podemos dizer que Mark Webber pode estar dando adeus ao título. Os sorrisos floresceram no deserto, mas no box vermelho da Ferrari.

   Vettel, o rei das poles, larga em primeiro, com Hamilton em segundo e Alonso em terceiro. Webber será somente o quinto, atrás de Button. Terminando assim, o título é de Alonso.

   O circuito de Yas Marina é daqueles chatinhos, com poucas ultrapassagens, e a péssima posição de largada pode ter acabado com o campeonato do australiano. Alonso pode até terminar em quarto se Webber não vencer. Para Vettel ser campeão, precisa vencer e o espanhol não chegar entre os quatro primeiros.

   E pensar que ninguém botou fé quando Alonso disse que ganharia o título.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A escolha

   Realmente difícil escolher para quem torcer nessa corrida que definirá o campeonato. Para os brasileiros o grande vilão será Fernando Alonso, em virtude da ultrapassagem de marmelo feita sobre Massa em Hockenheim. Mas, para Webber levar a taça, pode precisar da similar ajuda de Vettel, e isso colocaria o australiano e o espanhol dentro do mesmo saco de gatos.

   Minha torcida seria para Lewis Hamilton, mas para ele ser campeão é preciso que aconteça uma sequencia de tragédias no deserto. O caneco não ficará com Lewis das Arábias.

   O jeito é fazer figa para o motor Ferrari fumegar e Webber fazer naturalmente os pontos necessários, aí sim, teremos um campeão fora de suspeitas.

Lewis das Arábias

   Duas novidades abalaram o Oriente Médio nesta sexta-feira: Choveu em Abu Dhabi e Lewis Hamilton cravou o melhor tempo nos treinos livres.

   A chuva é um caso raro, mas em virtude da sua própria escasez, tornou ainda mais improvável que caia uma gota novamente nos Emirados durante muitos milênios.

   Já o raio de Sol que brilhou em Hamilton pode perdurar por todo final de semana. Isso implica em mais um ingrediente na complicada previsão que virou essa última corrida do campeonato. A aparição da McLaren pode prejudicar igualmente a colheita de Webber ou Alonso.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dor de cotovelo

  



 Mark Webber andou externando sua dor-de-cotovelo e criou um climão dentro da equipe Red Bull. O australiano só disse aquilo que todos sabem há muito tempo: Não é ele o piloto preferido dentro do próprio time.

   Ex-pilotos e jornalistas de todo mundo comentaram que a equipe austríaca já deveria ter se posicionado a favor de Webber, em prol da conquista do título. Vettel deveria ser um escudeiro, e não um adversário. Faltando apenas duas corridas para o término da temorada, e tendo perdido a liderança do campeonato para Alonso, está mais do que na hora da Red Bull dar mais atenção ao piloto que está mais próximo do líder.

   O chefão Horner negou tudo, como esperado, mas o mundo todo sabe quem é a sua menina dos olhos. O asturiano agradece.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Simply the best

 

   O mestre Emerson Fittipaldi teve uma belíssima homenagem no dia de Finados. O Rato pôde pilotar a Lotus 72 preta pela marginal Pinheiros e Ponte Estaiada, em evento que brindou os espectadores com uma das cenas mais emocionantes de um ano árido para os brasileiros fãs do automobilismo.

  Emerson não teve pena da máquina, pois acelerou a cerca de 280 km/h pelas ruas paulistanas. O chassi é o mesmo que foi pilotado por Fittipaldi entre 1970 e 73 e que deu o primeiro de tantos títulos brasileiros na F1.

   Vai ter repeteco no domingo em Interlagos, para deleite de quem estiver lá. Se inveja matasse, eu tava seco.