quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Papai Noel is faster than you

  

  O cartão de Natal da simpatissíssima Red Bull é impagável. Eles podem, afinal, ganharam de maneira limpa e ética.
  Será que a Ferrari gostou? E Felipe Massa? Alonso ficou bem de barba branca?

domingo, 19 de dezembro de 2010

Bia é melhor que a Danica

  

   Para quem pensou que 2010 foi um ano triste e chato para o automobilismo brasileiro não contava com a grande alegria que Bia Figueiredo causou nessa manhã de domingo.
   Há muito tempo não se via uma vitória com tanta garra e entusiasmo como foi a de Bia no desafio das estrelas de kart, em Floripa. A comemoração levantou a arquibancada e essa vitória pode ter contribuído para tornar seu nome ainda mais conhecido no nosso cenário de corridas.
   Tudo bem que era uma corrida de karts. Uma festa de fim-de-ano dos pilotos nacionais, que teve em Jaime Alguersuari a única presença estrangeira. Mas ninguém gosta de perder e não houve moleza na pista.
   Na entrevista para o repórter da Globo, ela reforçou aquilo que todos que a acompanham sabem: Não quer ter destaque por ser mulher, mas sim pelo talento e resultados.
   Já na etapa desse ano da Indy em São Paulo, Bia se destacou no rebolo das posições intermediárias, deixando para trás muitos pilotos experientes. Na última corrida da temporada, em Homestead, ela largou em 15º, mas teve problemas com o carro e terminou em 26º.
   Uma temporada completa na Indy fará com que o reconhecimento finalmente venha.
  
   P.S. O campeão do desafio de kart foi Lucas di Grassi, em um critério estranho de desempate, já que ele teve uma vitória e um 24º lugar, contra uma vitória e um 11º lugar da Bia. Mas nesse caso, valeu pela sua vitória ter sido na bateria de sábado.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Reliant - O incrível carro com três rodas



  

   Quando eu era recém-chegado na Inglaterra, ainda deslumbrado com tanto Jaguar, Rolls-Royce, Lambo e Mini rodando pelas ruas, teve um carro que me surpreendeu. Na primeira vez que o vi, ele passou rápido demais e pensei ter enxergado mal. Dias depois surgiu mais um e pude ver que realmente minha vista não falhou e a máquina só tinha três rodas. Era o Reliant.

   Na parte central de Londres é difícil de encontrar algum mas, quando se afasta para o interior, essa espécime pode ser facilmente avistada, geralmente trabalhando duro no transporte de mercadorias ou ferramentas.

   O Primeiro Reliant Regal surgiu no final de 1952 e foi fabricado até 1973, quando deu lugar ao Reliant Robin, com motor de 750 cm3, que fazia 25 km/litro e chegava até 135 km/h. Nada mal para os anos da crise de petróleo. O Robin foi fabricado até 2001.

   Outro segredo do sucesso era o fato de se poder dirigir um Reliant com carteira para motocicletas. Alguém sabe se há algum desse no Brasil?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A trindade: Senna + Lotus + Renault

  

   Com a notícia que a Renault teve parte dos seus direitos comprados pela Proton e terá seu nome alterado para Lotus Renault, muitas especulações surgiram a respeito da próxima temporada. Uma delas seria a presença de Bruno Senna no cockpit na nova equipe, revivendo um belo trio dos anos 80.

   Ayton Senna pilotou para Lotus Renault em 1985 e 1986, após ter se destacado na Toleman. Foi no carro preto e dourado que conseguiu sua primeira vitória, no aguaceiro de Estoril. No total foram 4 vitórias pela Lotus com motor Renault. Mais duas viriam em 1987, só que nesse ano o propulsor era Honda e a pintura amarela.

   Ainda não há nada concreto sobre o acerto de Bruno, mas é bom relembrar essa trindade.

Intrigas na família Lotus

  

   Duas equipes completamente diferentes brigam para ter o nome Lotus estampado na sua carenagem em 2011. A Renault passa a se chamar Lotus Renault, em claro conflito com a Team Lotus, que correu esse ano com Kovaleinnen e Trulli.

   Explicando em miúdos, a não ser que alguém mude de idéia, teremos duas Lotus no grid. A Renault teve parte dos seus direitos comprados pela Proton, que detém a marca da Lotus Cars, e já incorporou o nome. A Lotus, que pertence à Tony Fernandes e correu em 2010, possui os direitos da Team Lotus, departamento de corridas da antiga equipe de Colin Chapman.

   O pior é que o novo time já divulgou que correrá com a clássica pintura preta e dourada, a mesma idéia que já havia sido divulgada por Fernandes para sua equipe. A briga promete ir aos tribunais.

   Quam ganha com isso é Bruno Senna, que estava cogitado para correr na Lotus e agora tem duas opções para dar certo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Peças em jogo

  

   Os dois pilotos brasileiros que correram nas equipe nanicas em 2010 têm seus lugares ameaçados para o ano que vem. Bruno Senna e Lucas di Grassi ainda não se garantiram para a próxima temporada e as vagas disponíveis podem escapar.

   A situação mais difícil é do Di Grassi. A Virgin já acertou a permanência de Timo Glock e a outra vaga está praticamente fechada com o belga Jerome D'Ambrosio. O próprio Lucas já declarou que é muito difícil conseguir patrocínios de empresas brasileiras, pois disputa o mesmo perfil com Bruno Senna, que tem mais nome e exposição.

   Senna estaria quase certo com a Lotus, mas a relação da FIA para 2011 coloca Kovalainnen e Trulli nos cockpits malaios. Essa lista divulgada pode ser facilmente alterada até o início da temporada, mas aqueles que davam Bruno 100% acertado com a Lotus já não têm a mesma absoluta certeza.

    Ainda restam vagas na Force India, Hispania e Renault. Assim como temos bons pilotos ainda disponíveis, caso de Heidefeld, Sutil, De la Rosa e Petrov, além dos endinheirados que podem comprar seus lugares no grid. As peças estão aí, é só distribuir pelo tabuleiro.

sábado, 27 de novembro de 2010

Dói só de olhar

  As cenas são fortes, eu sei. Nunca faz bem ver um clássico agonizando. Olhem só a bela pancada que Cleber Faria deu na sua Lamborghini Gallardo. Foi durante o treino classificatório para a GT Brasil, em Interlagos.

   O acidente foi na curva do sol e o piloto não sofreu nenhuma avaria. Já a Lambo saiu bem machucada e necessita de cuidados médicos.

   Se beber, não dirija. As fotos são de Fernanda Freixosa



  

Massa tem culpa, mas nem tanto

  
   Stefano Domenicalli, o gênio das estratégias fracassadas, deu um aperto em Felipe Massa. Declarou que o brasileiro tem que mostrar resultados em 2011, ou não terá mais lugar para ele na Ferrari.

   Realmente o desempenho de Felipe foi decepcionante. Teve bons resultados no início da temporada, chegando a assumir a liderança do campeonato, mas uma série de acontecimentos influíram em uma queda abrupta de rendimento.

   Reconhecidamente, a resistência psicológica de Massa não é das melhores. O caso da ultrapassagem de Alonso na entrada dos boxes no GP da China marcou, não coincidentemente, o início da sua derrocada. A partir daquele momento, Felipe percebeu com quem que estava a preferência da equipe.

   No GP do Canadá, que poderia devolvê-lo à disputa do campeonato, Felipe envolveu-se em um estranho acidente com Liuzzi na largada, onde parecia querer empurrar com raiva a Force India do italiano. A partir daí, sua péssima soma de pontos culminou na ordem de equipe para que Alonso o passasse no GP da Alemanha.

   Já se comportando como carta fora do baralho, Felipe teve desempenhos medíocres nas últimas corridas e acabou sendo escolhido como um dos motivos que levaram Alonso a perder o título. Realmente, não se percebeu nenhum tesão de Massa em ajudar o espanhol a ganhar o caneco.

   O problema é que Domenicalli não convence como chefe de uma equipe do porte da Ferrari e, sofrendo profundas críticas por parte da torcida e de Montezemollo, acabou achando um cristo chamado Felipe Massa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A saga Barrichello

  

   A Williams confirmou que Rubens Barrichello continuará na equipe em 2011. A escolha é justa e lógica, por tudo que o brasileiro apresentou durante este ano, tanto no desenvolvimento do carro, como com bons resultados em algumas corridas.
  
   Rubens é o recordista absoluto em números de GP's, com 304 disputados. Estreou em Kyalami (África do Sul), na Jordan, em 1993 e não parou mais. Cravou sua primeira pole no ano seguinte, no circuito de Spa. Também em 1994 veio o primeiro podium, no GP do Pacífico, com sua vergonhosa sambadinha.

   Em 1994 Rubinho sobreviveu ao fatídico final de semana em Ímola. No treino de sexta-feira sua Jordan decolou em uma zebra atingindo a grade de proteção a mais de um metro de altura. No sábado morreria Ratzemberger e no domingo ocorreu o fatídico acidente com seu ídolo, Ayrton Senna.

   A primeira vitória de Barrichello veio somente em 2000, em Hockenheim, na mesma Ferrari que o faria passar seis anos na sombra de Schumacher, mas que lhe deu dois vice-campeonatos. Em 2009 todos lhe davam por aposentado, pois não haveria mais lugar para ele na Honda. Mas a montadora japonesa saiu da Formula-1 e Ross Brawn assumiu o espólio, criando a Brawn GP.  Na nova escuderia, Rubens teve o melhor desempenho de sua carreira, alcançando seu terceiro vice-campeonato. Dessa vez como protagonista de belas disputas com seu companheiro Jenson Button.

   Nessa temporada de 2010, Rubens marcou 47 pontos e o seu companheiro de equipe, Nico Hulkemberg, somente 22. O seu trabalho no desenvolvimento do Williams foi altamente reconhecido pela equipe e será ainda mais importante para 2011, pois o brasileiro participou de todo o projeto do novo carro.

   Não podemos esperar uma disputa ao título devido ao fraco motor Cosworth, mas continuaremos tendo o recordista Rubens, cria de Interlagos, bem representando nosso país.

  
  
  

domingo, 14 de novembro de 2010

Vettel, o paladino da justiça

 

  Sebastian Vettel levou o título e a esportividade teve seu triunfo. Ganharam a Red Bull e milhões de torcedores; sem jogo de equipe, sem marmelada e sem mensagens de rádio mal-disfarçadas. Hoje vou tomar um energético, em homenagem a Dieter Masteschitz, o dono da equipe que proibiu manobras de bastidores no seu time.

   O título foi decidido na primeira volta, lá no rebolo do grid, quando Schumacher rodou e foi atingido em cheio por Liuzzi. Com o safety-car na pista, os líderes permaneceram impolutos, mas quem não tinha nada a perder foi arriscar a sorte parando nos boxes. Após a parada dos líderes, Rosberg e Petrov permaneceram à frente de Alonso, que não conseguiu passar ninguém, terminando em sétimo e dando adeus ao tri.

   Além de Vettel, um outro alemão teve participação no fracasso de Alonso. Hermann Tilke desenhou um circuito horrível, onde não há possibilidade de ultrapassagens. Alonso ficou 35 voltas atrás de Petrov, assim como Massa atrás de Alguersuari.

   Depois da corrida, Fernando Alonso perdeu o resto de compostura e falou todos os palavrões que conhecia para Petrov. O russo, que nada fez além de defender sua posição, deve devolver essas ofensas enviando a KGB para a Espanha nos próximos meses.

   Parabéns a Vettel e a Red Bull, que teve seu nome completo pronunciado por Galvão Bueno.